Liturgia.
OS SÍMBOLOS NA LITURGIA:
SÍMBOLOS QUE COMUNICAM

Sem símbolos não há vida, e sem vida não há liturgia, uma vez que, a liturgia é a nossa vida. Devemos pouco a pouco redescobrir o não somente o valor dos símbolos, mas especialmente reaprender a celebrar e vivenciar os símbolos com todo o nosso ser. Aqui equivale àquela pergunta de Jesus Cristo aos seus Apóstolos: “Vosso coração ainda continua incapaz de entender? Tem olhos e não vêem, e tem ouvidos e não enxergam?” (Mc, 17b-18).
O mundo dos símbolos provoca em cada um de nós, um posicionamento diferente, mas que nos conduz a interioridade. O símbolo ajuda a melhor celebrar e viver o momento. Sendo assim, vamos registrar alguns símbolos importantes da Celebração Eucarística, bem como os objetos litúrgicos que são usados, não só na Celebração, mas em toda Liturgia.
ALFAIAS LITÚRGICAS
Nome que se dá ao conjunto dos objetos litúrgicos usados nas celebrações. Deve-se também considerar aqui a Arte Sacra, que se estende, por sua vez, a tudo o que diz respeito ao culto e ao uso sagrado. "Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos" (SC 122c).
Aqui, pode-se ver como a reforma conciliar do Vaticano II se preocupa com a dignidade das coisas sagradas. Templo, altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem, pois, manifestar a dignidade do culto, que, como expressão viva de fé, identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo, adora "em espírito e verdade" (Cf. Jo 4,23-24). Dentro desta imensidão de alfaias litúrgicas, temos algumas, em especial, que são utilizadas dentro da Celebração Eucarística. Vejamos.
CORPORAL
SANGUNHO OU SANGUÍNEO

MANUSTÉRGIO

LAVABO

PALA
CÁLICE


1.6.CIBÓRIO OU PÍXIDE.
Vaso sagrado onde se depositam as Hóstias Consagradas. É uma taça de metal precioso, com tampa, que contém Hóstias que serão consagradas. E também as conserva dentro do Sacrário quando consagradas.
1.7.PATENA
É um pratinho ou disco de metal dourado, uma de suas faces côncava. Sua finalidade dentro da Celebração é depositar a hóstia do Sacerdote. A patena serve também para recolher pequenos pedaços de Hóstia Consagrada que, porventura caíram sobre o corporal.
ÂMBULA
A palavra âmbula refere-se primeiramente a pequenos vasos, tubos de metal ou frascos de vidro onde se guardam os três santos óleos (óleo dos enfermos, dos catecúmenos e óleo do crisma).
TECA

GALHETAS
VINHO
O vinho utilizado dentro da Celebração Eucarística deve ser puro, de uva. Na Celebração o vinho transforma-se em Sangue do Senhor, que para nós é o grande mistério da transubstanciação.
ÁGUA
A água é um elemento natural e universal. Dentro da Celebração ela serve para purificar as mãos do Sacerdote no rito do “lavabo”. No ofertório coloca-se também uma gotinha de água no vinho, simbolizando assim, a união da Divindade com a humanidade. E também a água é utilizada para purificar os vasos sagrados após a Celebração.
TURÍBULO


INCENSO

TABERNÁCULO
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<!--[endif]-->O Tabernáculo ou Sacrário é uma caixa de metal. É um cofre precioso, uma casa onde guarda-se um grande tesouro. Nele é guardado a Reserva Eucarística, isto é, hóstias consagradas que servem para a comunhão para os doentes e para exposição e adoração dos fiéis. Uma luz sempre acesa deve permanecer perto do Tabernáculo para indicar que Jesus está presente naquele local. Quem passar diante deve dobrar o joelho, fazer genuflexão, em sinal de adoração e de profundo respeito.

<!--[if !supportLists]-->1.17. <!--[endif]-->OSTENSÓRIO OU CUSTÓDIA

CRUZ PROCESSIONAL

2.0. LIVROS SAGRADOS
Dentro de nossa Liturgia temos alguns livros que contém os ritos, leituras e o missal que contém todo rito da Celebração Eucarística.
<!--[if !supportLists]-->2.1. <!--[endif]--> <!--[if !vml]--><!--[endif]-->MISSAL

<!--[if !supportLists]-->2.2. <!--[endif]-->LECIONÁRIO
É o livro que contém todos os textos bíblicos que devem ser proclamados dentro das Celebrações. Ao todo são quatro tipos de lecionários.
<!--[if !supportLists]-->2.2.1. <!--[endif]--> LECIONÁRIO FERIAL OU SEMANAL
Contém as leituras dos dias de semana. A primeira leitura e o salmo responsorial estão classificados por ano par e ímpar. O evangelho é sempre o mesmo para os dois anos.
<!--[if !supportLists]-->2.2.2. <!--[endif]-->LECIONÁRIO DOMINICAL
Contém as leituras dos domingos e de algumas solenidades e festas. Dentro de nossa Liturgia, os Evangelhos foram distribuídos pelos Evangelhos sinóticos; Ano A é de São Mateus; Ano B de São Lucas e Ano C de São Marcos.
<!--[if !supportLists]-->2.2.3. <!--[endif]-->LECIONÁRIO SANTORAL
Contém as leituras para as celebrações dos santos. Nele também constam as leituras para uso na administração de sacramentos e para diversas circunstâncias.


2.2.4. EVANGELIÁRIO É o livro que contém o texto do evangelho para as celebrações dominicais e para as grandes solenidades. É um livro muito utilizado nas ordenações.
É uma veste de cor branca[1] que cobre todo o corpo.
Esta veste é usada pelo Sacerdote dentro das Celebrações. A ALVA é uma veste
talar branca, que recobre todo o corpo, até os pés. Era usada por nobres Gregos
e Romanos e também por povos onde o clima é quente, como se vê ainda hoje.
Tanto a alva quanto a túnica simboliza a pureza de coração que deve ter o
Sacerdote quando celebra os mistérios divinos.

É a veste litúrgica própria dos
ministros ordenados. Coloca-se sobre os ombros de modo que caia pela frente em
forma de duas tiras, acompanhando o cumprimento da túnica.
Também é uma veste própria do ministro ordenado. Espécie de manto que
cobre a túnica e a estola. É importante lembrar que a estola e a casula acompanham
a cor litúrgica do dia.É bom notar que o diácono usa a dalmática, que sobre a
túnica e a estola.
O
verde é a cor que marca o Tempo Comum. Esta cor lembra a esperança, lembra o
povo de Deus que caminha rumo ao céu.
O
vermelho simboliza o fogo, o sangue, o amor divino e também o martírio. Esta
cor é usada no Domingo de Ramos, na Sexta Feira Santa e no Domingo de
Pentecostes e na Festa da Exaltação da Cruz. É usado também na festa dos
Apóstolos, Evangelistas e dos Santos Mártires
É
utilizado no Tempo da Quaresma e do Advento[2]. Esta cor simboliza a
penitência, de estar mais recolhido em si mesmo.
O
branco simboliza a vitória, a paz e alegria. Esta cor é usada no Tempo Pascal e
no Tempo do Natal, tempos fortes e que devem expressar grande alegria. É
utilizado tambémnas festas e memórias do Senhor, exceto as festas da Paixão. É
utilizado nas Festas de Nossa Senhora, dos Santos Anjos, dos Santos não
Mártires, na Festa de Todos os Santos, São João Batista e São João Evangelista,
Cátedra de São Pedro e a Conversão de São Paulo.
O Ano Litúrgico ou ano da Igreja é o “calendário”
em que celebramos toda a realidade do Mistério de Cristo. O Ano Litúrgico tem
como cume a Ressurreição do Senhor, comemorado no domingo. O Ano Litúrgico
começa e termina quatro semanas antes do Natal. Compõe-se de dois grandes
ciclos: o Natal e a Páscoa. O outro período chamado de Tempo Comum é composto
por 34 semanas.
O ciclo do Natal inicia-se com a Celebração do 1º
Domingo do Advento, engloba as festas do Natal, Sagrada Família e a Epifania,
isto é, o Batismo de Jesus. É o ciclo que Celebra o mistério da encarnação do
Senhor e a sua inserção na história da humanidade.

É o ciclo que se
celebra o grande mistério de nossa salvação, Paixão, Morte e Ressurreição de
Nosso Senhor Jesus Cristo. O ciclo da Páscoa começa na Quarta-Feira de Cinzas e
prolonga-se até o Domingo de Pentecostes. A Quaresma é o ciclo de preparação
para a Páscoa, é um tempo forte de oração, jejum e penitência. A Páscoa
inicia-se com o Tríduo Pascal, na Quinta-Feira à noite, com a Celebração do
Lava- Pés e Instituição da Eucaristia. O ponto alto do Tríduo é a Ressurreição
do Senhor. Todo este tempo deve ser vivido no Espírito do Cristo Ressuscitado.


Dentro do Ano Litúrgico o Tempo comum é dividido em
duas partes. A primeira parte deste tempo começa logo após a Epifania do Senhor
e se interrompe na terça-feira antes da Quarta-Feira de Cinzas. Esta primeira
parte pode ter duração de seis a dez semanas.

O centro de toda a nossa fé está na entrega e no
Sacrifício de Cristo por cada um de nós, e toda esta entrega está confirmada na
sua Ressurreição. Assim, Cristo tornou-se para nós,vitima, Sacerdote e altar. E
esta entrega e realizada toda a vez em que celebramos a Eucaristia, ou seja,
fazemos o memorial de sua Paixão, Morte e Ressurreição. O centro de toda a
Celebração é o Altar, pois representa o próprio Jesus Cristo.
É o local onde toda a assembleia fica reunida.
Deve-se dispor de um cuidado onde todos possam participar dignamente das ações
sagradas. É o local onde deve ter bancos ou cadeiras para a assembleia

Cuide-se
possam não ver só o Sacerdote ou os outros ministros, cuide par que também eles
possam ouvir com facilidade (cf. IGMR, 1992, nº 273, p. 82).
Enfim, o espaço celebrativo é o local onde
acontecem todas as ações litúrgicas. Lembrando que, deve ser um lugar mais
elevado, para que fique visível aos olhos de toda assembleia. Deve ser amplo para que os ritos sagrados se desenrolem
comodamente. A beleza e a natureza do local e todos os sinais, devem alimentar
a piedade popular e manifestem assim a santidade dos mistérios celebrados.
Todos os sinais favorecem o encontro pessoal com Deus, como já dissemos, sem
símbolos não há vida e sem vida não há liturgia. Uma não vive sem a outra.
1.0.
VESTES LITÚRGICAS
O Sacerdote usa
algumas vestes queo distingue das demais pessoas que estão participando da
Celebração Eucarística. O importante é lembrar que tudo deve estar em sintonia
na Celebração. As vestes litúrgicas devem contribuir para que, tanto o
Sacerdote quanto a assembléia compreendam e participem do mistério que está
sendo celebrado e vivenciado.
1.1.
TÚNICA OU ALVA

1.2.
ESTOLA


Os diáconos usam a
estola a tiracolo sobre o ombro esquerdo, pendendo-a do lado direito. A estola
é o símbolo dos ministros ordenados.
1.3.
CASULA

“As diferentes cores das vestes litúrgicas visam
manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a
consciência de uma vida cristã que progride no desenrolar do ano litúrgico”
(IGMR, 1992, nº 307, p. 87).
2.0.
AS CORES LITÚRGICAS
Dentro de nossa liturgia temos algumas cores
litúrgicas que marcam o tempo forte que estamos Celebrando. Vejamos.
2.1.
VERDE

2.2.
VERMELHO

2.3.
ROXO

2.4.
BRANCO OU DOURADO

3.0.
ANO LITÚRGICO

3.1.
CICLO DO NATAL

ADVENTO
NATAL

3.2.
CICLO DA PÁSCOA

QUARESMA
TRÍDUO PASCAL

TEMPO PASCAL

3.3.
TEMPO COMUM

A segunda parte recomeça na segunda-feira após o
Pentecostes e vai até o sábado do antes do Primeiro Domingo do Advento. Neste
tempo somos convidados a celebrar, não um acontecimento especial de nossa
salvação, mas sim, o grande mistério de Jesus Cristo em sua plenitude. A
espiritualidade do Tempo Comum é marcada pelo anúncio do Reino de Deus, é um
tempo em que o verdadeiro cristão faz frutificar a realidade da Encarnação do
Filho de Deus e sua grande vitória sobre a morte.
4.0.
ESPAÇO
CELEBRATIVO
Conforme já citamos, é por meio dos sinais que Deus
nos atinge e se comunica. É na Celebração Eucarística que Deus, em Cristo, pelo
Espírito Santo comunica-se com seu povo através dos sinais sensíveis e
perceptíveis aos nossos olhos.
4.1.
ALTAR


A Instrução Geral do Missal Romano (1992), vem nos
dizer que, o altar torna presente o Sacrifício da Cruz de Cristo, mas também, é
a mesa onde o Povo de Deus é convidado a participar da Eucaristia (cf. IGMR,
1992, nº 259, p. 79). A razão de o Altar ser o centro de toda a Celebração é
simples, o altar representa, ou seja, traz-nos presente à memória, aquilo que é
mais sagrado para nós e sua entrega por nós ontem, hoje e sempre.
Por isso que, quando adentramos em uma Igreja a
primeira coisa que deve nos chamar a atenção e encher nossos olhos é o altar,
pois lembra o Sacrifício de Cristo. Por isso que, o Altar e a mesa da Palavra
ficam em um lugar mais elevado para que fique visível aos olhos de toda a
assembleia que está reunida.
4.2.
AMBÃO OU MESA
DA PALAVRA
A própria palavra AMBÃO significa lugar de
destaque. É a mesa da Palavra de Deus, onde a comunidade reunida primeiramente
alimenta-se da Palavra de Deus. Assim como o Altar é sagrado, a Mesa da Palavra
também é. Deve ser de uma estrutura estável e não uma simples estante que seja
móvel; também deve ser um lugar de destaque, pois é deste lugar que são proferidas
as leituras (cf. IGMR, 1992, nº 272, p. 81). Não se usa o Ambão para se fazer
comentário ou dirigir o coral. O Ambão é um lugar sagrado
e de dignidade.
4.3.
NAVE




[1] As Conferências Episcopais podem
determinar e propor a Santa Sé as adaptações que correspondam às necessidades
de cada região. Aqui no Brasil, a CNBB, na XII Assembleia Geral, em 1971
aprovou a substituição do conjunto alva e casula por uma túnica ampla, de cor
neutra (branco). Com a estola da cor do tempo ou da festa.
[2]Quanto ao Tempo do Advento, hoje
há uma grande tendência a se usar o violeta, ao invés do roxo, para
diferenciá-lo do Tempo Quaresmal (penitência). Não que o Advento não seja um
tempo de se fazer penitência, mas neste tempo deve-se acentuar a dimensão de
alegre expectativa da vinda do Senhor.
Por: Seminarista Everton Pavilaqui -Propedêutico
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